Delírio

Era no trabalho que eu segurava o tranco

mas sem ele vou tentar sobreviver

me equilibrando para não cair de qualquer barranco

e procure decifrar o que vou lhe dizer.

Se a vida lhe apresentar

um pouco de amargura

não é no leito a descansar

que essa aparente desventura

vai do teu peito se desvencilhar.

A ociosidade nunca me abateu

porque uma chance eu jamais lhe ofereci

para fugir da inércia sempre fui mais eu

e as lutas do dia a dia nunca perdi.

Se a vida lhe apresentar

um pouco de amargura

não é no leito a descansar

que essa aparente desventura

vai do teu peito se desvencilhar.

Me disseram que uma rede

era opção para poder descansar

mas como jamais fui de encostar em uma parede

sai a procura de um novo trabalho para me desenferrujar.

Se a vida lhe apresentar

um pouco de amargura

não é no leito a descansar

que essa aparente desventura

vai do teu peito se desvencilhar.

Se você acha que eu não presto para mais nada

é porque ainda não viu o que eu sei fazer

quando estou parado procuro fazer feliz a minha amada

e se ela me beija dizendo que é castigo, pra mim é um prazer.

Se a vida lhe apresentar

um pouco de amargura

não é no leito a descansar

que essa aparente desventura

vai do teu peito se desvencilhar.

Dizem que o trabalho dignifica o homem

vou fazer do meu novo trabalho um jeito de amar

a minha grande paixão que as vezes me consome

é num abraço e entre um beijo e outro que volto a delirar.

Se a vida lhe apresentar

um pouco de amargura

não é no leito a descansar

que essa aparente desventura

vai do teu peito se desvencilhar.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 28/02/2013
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