Coração.

Falaram-me hoje sobre solidão.

Que ela está ali, sempre estendendo a mão.

Não deixa de marcar em cima um só segundo.

Tão chata, desesperada, nos deixa em cima do muro.

Não dá pra saber quando se é preenchido.

Acredito, eu, na minha humilde opinião,

Que somos preenchidos em meio a uma paixão.

A sensação quase-que-inexplicável nos toma por completo.

E, íntegros, preenchidos, nos doamos até que transborde [E sobre,

Ou cresça e se acomode]

O formato ao qual se molda, pouco importa.

Há só o que se deseja e, quase que cegos,

Não nos vemos completos.

Ser preenchido, acho, é não sentir o buraco [Até que

nos vemos com saudade, vazio no peito que busca refúgio e,

assim, rarefeito, como subterfúgio, quer o abrigo do peito alheio]

A H
Enviado por A H em 28/02/2013
Reeditado em 03/06/2015
Código do texto: T4163557
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