de quando não pude viver
oh, tristeza que me come o ventre
que destrói a vida e o pensamento
sume! pra longe de mim, cachorra
louca, pois já não quero esse momento
tristeza, que vem do oceano, das
profundezas dos deuses mortos,
que passou por tanto desengano
e sobrevive precisa como um relógio
que nas tardes tempera o dia
que nas manhãs é melancolia
que razão de sua existênica
é a perda do amor e da alegria
Tristeza que não posso me livrar
pois ela faz parte do meu ser
faz parte das minhas lembranças
de quando não pude viver...