DA FORMA QUE SONHEI...
Vem amor, da forma que te desenhei,
é a forma que tu és,
assim que te venero, que te primo
aprecio-te como se enfeita
e como se adornas, maquias
penteando teus cabelos
enquanto tua boca sorri,
rápida como a água
da fonte sobre as pedras lisas,
assim que preciso de ti, amada,
o alimento não imploro que me ofereça,
mas que nunca, não me falte tu
pois os dias são passageiros, efêmeros...
dos teus brilhos desconheço, nem seus princípios
nem para ondes esvais,
só quero tua luz a me clarear,
sem explicações, sem ressentimentos
espero-te, que me envolvas
e assim teu alimento e teu brilho
sombras me serão...
apareces-te ao meu universo
com o que carregavas
feita de brilho e alimento
sempre a sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
dessa forma que te amo
se os amanhãs quiserem nos ouvir
se calado me fizer, que o leiam agora
e retornem, pois ainda é madrugada
para tais pronunciares...
amanhã nos daremos apenas
uma rama da árvore da nossa paixão, uma folha,
ou uma pétala que for ao chão na terra cair
como se a tivessem criando os nosso lábios,
como um beijo lançado
das nossas alturas imbatíveis
para mostrar o esplendor a ternura
de um amor inigualável...
Romulo Marinho