Rota alterada

Perdi-me em meus labirintos

Porque alteraste minha rota

Embriagaste-me com teus absintos

Esqueci-me de que há vida lá fora.

Ancoraste teu navio em meu porto

Ofereceste-me canções e luares

Agora, não sei se vivo ou morto...

Vais navegar em outros mares.

Não te apiedes da minha tristeza

Guarda para ti tuas esmolas

De minha dor, nascem estrelas

De minha poesia, construo escoras.

Não finjas a dor que não possuis

Não mintas a tristeza que não tens

Passei da fase dos sonhos azuis

E das inocentes viagens de trens...

Já vi esse filme no passado

Já percorri esse caminho outrora

Já devia ter imaginado

E há mais tempo ido embora...

Mas, a alma às vezes se engana

E constrói castelos na areia

Em mil versos se derrama

Com a cumplicidade da lua cheia.

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 26/02/2013
Reeditado em 14/03/2013
Código do texto: T4159784
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