valor

Tu, que arde sem esperança

Que no calabouço é lembrança,

Ri da tua miséria, e nessa fenda,

Se congela , enganando a si próprio

Como só de inferno fosse a terra

Que de olhos ao escuro projetado

Não encontra a clareza, que está

Perto, bem ao lado, prefere a zomba

E a tristeza dos homens derrotados

Tu, covarde e medroso, que na tua pele

Grossa se esconde, se perguntarem pra

Ti , logo pronto responde:

que o dia é ilusão, que a bondade é

trapaça, e que não gosta dessa vida,

pois nada é de graça – e eu lhe respondo

sem vontade e sem pudor, se continuar

exitando, não terás nada de valor

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 25/02/2013
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