valor
Tu, que arde sem esperança
Que no calabouço é lembrança,
Ri da tua miséria, e nessa fenda,
Se congela , enganando a si próprio
Como só de inferno fosse a terra
Que de olhos ao escuro projetado
Não encontra a clareza, que está
Perto, bem ao lado, prefere a zomba
E a tristeza dos homens derrotados
Tu, covarde e medroso, que na tua pele
Grossa se esconde, se perguntarem pra
Ti , logo pronto responde:
que o dia é ilusão, que a bondade é
trapaça, e que não gosta dessa vida,
pois nada é de graça – e eu lhe respondo
sem vontade e sem pudor, se continuar
exitando, não terás nada de valor