CANTO 83

Amador Filho.

Muitas vezes a agonia me visitou o peito cheio de sonhos.

Trago no semblante envelhecido pelos sofrimentos, expressões de saudade e de dor, causadas por feridas de aflições incuráveis.

Com o passar do tempo, meus sonhos deixaram de existir no mundo das coisas concretas e passou a viver apenas nos ecos dos riachos de lágrimas, em sombras de crepúsculos melancólicos e nos vales dos Ipês floridos do meu Eu profundo.

A realidade é muitas vezes a antítese dos nossos sonhos.

Santa Luz, Inverno de 2012.

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 25/02/2013
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