CANTO 83
Amador Filho.
Muitas vezes a agonia me visitou o peito cheio de sonhos.
Trago no semblante envelhecido pelos sofrimentos, expressões de saudade e de dor, causadas por feridas de aflições incuráveis.
Com o passar do tempo, meus sonhos deixaram de existir no mundo das coisas concretas e passou a viver apenas nos ecos dos riachos de lágrimas, em sombras de crepúsculos melancólicos e nos vales dos Ipês floridos do meu Eu profundo.
A realidade é muitas vezes a antítese dos nossos sonhos.
Santa Luz, Inverno de 2012.