Poesia da hora matinal

Poesia da hora matinal

Delasnieve Daspet

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Quanta beleza

Meus olhos contemplam

Pela manhã.

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Manhã radiosa e linda,

O sol diáfano no horizonte,

Enfeitando de doirado

As campinas semeadas.

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A aragem fresca

Sacode as folhas da primavera,

E, o verde dos campos enfeitam

A vida e o porvir.

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Por entre os galhos soberbos dos ipês

Trinados alegres,

Ruflar de plumas,

Tatalar de asas,

Saltando de galho em galho,

Aves - de cantar variados!

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Os encantos da aurora,

Não tem limite na infinita

Liberdade da natureza!

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Quebrando o silêncio,

Rumoreja silente,

O rio de água fresca e cristalina.

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Desfecho um poema

Pelas bordas das matas,

Pelo por do sol - quando o dia

Agoniza suave.

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E quando a lua se esconde

Por detrás de grossas nuvens

que se amontoam no espaço,

- Silêncio profundo na cidade -,

Eterno sudário sobre meus sonhos!

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Assim, manhãs de frigidíssimo outono,

Desnudas árvores,

Poeirentos caminhos,

Poesia da hora matinal!

DD_Campo Grande-MS 24.05.10