Feridas

Quantas feridas expostas,

No rosto, na pele, na alma,

Todas abertas, sangrando.

Por uma cura clamando.

São feridas recentes

Somadas as do passado

De uma mágoa presente

No coração amargurado.

Sangra o peito sem derramar

O sangue ali guardado

Pois o que lhe dói é amar

Sem saber se ainda é amado.

Chora o coração ferido

Sem ter lágrimas a escorrer

Chora por ter esquecido

De amar e não sofrer.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 17/03/2007
Código do texto: T415749
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