Continuum

Passou o ponto...

O vento soprou desvairado:

levou pele, orelha, um olho, o nariz...

O céu turvou,

e nas nuvens... só monstros.

Os arbustos desconsolados deitaram

e tudo que era vivo

vestiu-se de um amarelo luto

Mas a carne nua pulsa

e o olho solitário vê,

e quando revê... o amarelo é menos amarelo

e a brisa... já toca leve a face.

Leo Ferraz
Enviado por Leo Ferraz em 22/02/2013
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