Trespassado coração

Tingi o nome dela na minha pintura,

guardei a cisão,

escolhi o arroubo de arte mais bonito.

Mas não completei a impenetrável fornalha,

não presenciei o momento,

não maculei a sua obra.

E essa certeza que me dói.

Ora gigantesca, ora pigméia.

O que será de mim depois que ela passar?

Por dez horas seguidas

estive meditando no meu calar.

Porque eu tinha que silenciar?

As coisas do coração são assim:

Dão voltas quando não queremos volta nenhuma

e são diretas quando precisamos de uma volta e meia.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 21/02/2013
Código do texto: T4152887
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