da flor sarava o medo

O cheiro de vida

Que saia de suas coxas

Quebrava meu queixo

E calava o mocho

E eu, rodopiando de

Sede, beijava a tarde

E armava a rede,

Esperando a noite

na estival tristeza:

eu furava a carne

e abraçava o verde

e me deixava ao sol

na sua secada esteira,

que da vida beijava as

coxas... e da flor

sarava o medo

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 21/02/2013
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