DA CRIANÇA GUARDO... (AUTOBIOGRAFIA)
Da criança ingênua e amorosa
que, brincando vivia a sonhar
guardo, até hoje, a esperança
e a capacidade de me regenerar.
Sinto endógena alegria
toda manhã, desde sempre,
que mesmo em tempestade
me surge, trazendo energia.
Sinto imensa esta alegria,
sempre no mesmo lugar
guardada, no centro do peito:
sentimento que se recria.
Mas dentro do coração
ao mesmo tempo, no fundo
mora escondida tristeza:
sentimento avesso, sem razão.
Talvez de primitivo abandono,
aberta e dissociada ferida
na minha verdade afetiva,
hoje saudável e bem nutrida.
Pode ser da minha infância
ou da adolescência solitária,
de amores proibidos e
caminhos desistidos.
Sentimento perplexo
ou paraíso perdido?
Estranha polaridade,
real doloroso paradoxo...
Florianópolis, 1999
Da criança ingênua e amorosa
que, brincando vivia a sonhar
guardo, até hoje, a esperança
e a capacidade de me regenerar.
Sinto endógena alegria
toda manhã, desde sempre,
que mesmo em tempestade
me surge, trazendo energia.
Sinto imensa esta alegria,
sempre no mesmo lugar
guardada, no centro do peito:
sentimento que se recria.
Mas dentro do coração
ao mesmo tempo, no fundo
mora escondida tristeza:
sentimento avesso, sem razão.
Talvez de primitivo abandono,
aberta e dissociada ferida
na minha verdade afetiva,
hoje saudável e bem nutrida.
Pode ser da minha infância
ou da adolescência solitária,
de amores proibidos e
caminhos desistidos.
Sentimento perplexo
ou paraíso perdido?
Estranha polaridade,
real doloroso paradoxo...
Florianópolis, 1999