vivos alados
Eu até sei que é do medo que me fala os versos,
dos buracos Perdidos que nos vaga em lama
A poesia é impotente Diante da dor, diante
Da perda, das agonias, da tristeza que nos
Varre os dias..
E é incapaz de cura ou lhe fazer trotar nas estrelas
O poema apenas abre janela que espreita
um limbo, uma passagem para o reino de cataclisma,
Mas quem quer entrar?
quem quer vagar no reino de sombras?
Uma placa de madeira e carvão grita quem der o primeiro
Passo:
“que dentro desse fogo, não há cambalacho
Só se entra os morto ou os vivos alados “