Poema de transição

"Eu vi uma moça bonita

mas a moça não era só bonita.

A moça era feia também.

A moça pensava na morte,

achava que não tinha sorte;

mas encontrava a fé em Deus.

A moça odiava a rotina,

odiava os dilemas

e os sorrisos banais.

Mas a moça amava o poema,

amava a aurora

e até um rapaz.

A moça inventava o tempo

e uns temporais.

Criava nuvens com rostos,

alguns esculpidos com saudades.

A moça era tristeza.

A moça era felicidade.

A moça não era bonita,

a moça não era feia.

Era intrépida e com sonhos

maiores que os cabelos.

A moça que o tempo construía,

a moça,

Era eu."

Tayla Ferreira
Enviado por Tayla Ferreira em 20/02/2013
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