Poema de transição
"Eu vi uma moça bonita
mas a moça não era só bonita.
A moça era feia também.
A moça pensava na morte,
achava que não tinha sorte;
mas encontrava a fé em Deus.
A moça odiava a rotina,
odiava os dilemas
e os sorrisos banais.
Mas a moça amava o poema,
amava a aurora
e até um rapaz.
A moça inventava o tempo
e uns temporais.
Criava nuvens com rostos,
alguns esculpidos com saudades.
A moça era tristeza.
A moça era felicidade.
A moça não era bonita,
a moça não era feia.
Era intrépida e com sonhos
maiores que os cabelos.
A moça que o tempo construía,
a moça,
Era eu."