Sim...
Sou intenso – às vezes incontrolável
Sou redemoinho que arrasta tudo ao redor
Quando não gosto, não disfarço
Quando amo, alardeio aos ventos e deuses
Quando quero, não hesito e persisto
Quando rejeito, tenho certeza
Quando preciso, não me vendo
Ultrapasso o limite razoável
E, incontrolável, exorbito
Não sou medida nem razão
Com a minha chegada, vem o basta
Sou tempo desmedido
Não sou palavra, sou grito
Sou dilúvio, tempestade
Transbordo, sou muito mais que inteiro
Entonteço minha serpente exagerada
Só consigo ser esparramada, nunca demente
Sinto que o coração em uníssono dispara
A galopes fogosos, insanamente
Revejo, retenho e resguardo na caminhada
Mas escancaro no breu minha cabeça indolente
Fugitiva da luz que me declara
Faço explodir dentro em mim a minha mente
Em minh’alma não há lugar para o pouco
O muito é seu alimento...
E por vezes até o muito deixa de ser o intento
E sai a voar em busca de mais sustento!
E me contorço e retorço e enlouqueço
Quando não encontro o que a contente
E emudeço por horas, dias, semanas
À espera do exagero de novo deleite!
Sou intenso – às vezes incontrolável
Sou redemoinho que arrasta tudo ao redor
Quando não gosto, não disfarço
Quando amo, alardeio aos ventos e deuses
Quando quero, não hesito e persisto
Quando rejeito, tenho certeza
Quando preciso, não me vendo
Ultrapasso o limite razoável
E, incontrolável, exorbito
Não sou medida nem razão
Com a minha chegada, vem o basta
Sou tempo desmedido
Não sou palavra, sou grito
Sou dilúvio, tempestade
Transbordo, sou muito mais que inteiro
Entonteço minha serpente exagerada
Só consigo ser esparramada, nunca demente
Sinto que o coração em uníssono dispara
A galopes fogosos, insanamente
Revejo, retenho e resguardo na caminhada
Mas escancaro no breu minha cabeça indolente
Fugitiva da luz que me declara
Faço explodir dentro em mim a minha mente
Em minh’alma não há lugar para o pouco
O muito é seu alimento...
E por vezes até o muito deixa de ser o intento
E sai a voar em busca de mais sustento!
E me contorço e retorço e enlouqueço
Quando não encontro o que a contente
E emudeço por horas, dias, semanas
À espera do exagero de novo deleite!