Valsa da Agonia
Eu podia estar lá, me ludibriando.
Mas reconheço a languidez
Desta frágil casca que definha.
Eles dançam a valsa da agonia
Com suas máscaras de cera
Que ao alvorecer derretem
como as asas de Ícaro.
Uma desesperada procura
Por algo qualquer que possa
Livrar-lhes da incessante dor
As horas do relógio negro do tempo
Percorrem em minhas veias,
tempo este que não irá perdurar por muito
Esgota-se como páginas de um diário