CICLOS

De tantas noites

São feitos os dias

De palavras mudas

De pequenos nadas.

Os ciclos se fechando

Em espirais concêntricas

A vastidão das coisas

Invadindo a alma.

E a maciez do novo

Rompe a agonia

Em asas de uma Fênix

Refaz a primazia

O canto, a sinfonia

Nos olhos da manhã.

E do desvão, do fundo

Sobre as sombras

Os muros

Altaneiras asas

Se elevam vastas

rompendo distâncias

As tramas fechadas

As teias fiadas

No pacto das rocas.

E logo se esboça

Na força de um traço

A luz, o compasso

De um verso perfeito

E o lábio sedento

De riso, de encanto

Se abre, desperta

No beijo na vida.

Sandra Fonseca
Enviado por Sandra Fonseca em 19/02/2013
Reeditado em 19/02/2013
Código do texto: T4149376
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