marginal

cabe a você dizer o quanto de louco ainda existe,

ou seja, se é ou não corrupto,

porque há apenas quem abandona as conveniências e os lacres,

e o vendido sem escrúpulo

o segredo da liberdade é só ter a perder o sonho e o desejo,

a escolha e a descrença, porque a fé é permanecer subjugado.

aonde a loucura desregra a estrutura,

a visão do desconhecido apresenta

a destrutiva face da beleza carnívora

dos anjos islâmicos ou incas,

postados onde há abismos,

limites da antiguidade permitida

deve-se entender na loucura uma proeza

e no aceite a derrocada,

o perseguir é pura centelha,

e o tempo se mostra por avalanches incendiárias,

aonde sagrado é o perspicaz,

quando apenas centopeias sobram ao silêncio dos centauros,

e o vermelho de cada fruta da Química

é uma avidez marcada no subterrâneo da razão,

onde sangro destroços de uma aberração que sempre foi

o meu lado oculto marginal marcando o domínio da noite

registrado o pôr do sol