Vozes

Quando doi a dor...

Eu sei, é do amor.

Amor desacompanhado,

Que abre o peito feito um tornado.

Apagando do quadro todo o horizonte,

Esmaecendo a cor,

Sepultando-me na morte de um exilado,

Deixando-me ilhado,

Entre as paredes da solidão

E de uma razão,

Que às vezes, me parece insana.

Pois o meu coração apaixonado,

Não cessa de viver por você.

Mais que as lágrimas que cortam os meus pulsos;

Mais que a tristeza, que inoportuna viços a alma;

Mais do que todas as barreiras,

Numa infinidade de portas sem saída,

Que vez, por outras leva o meu bem querer a beber o veneno do adeus,

Ainda te amo, te quero e te desejo muito.

Não obstante a essas mazelas,

Há que se dizer que o meu sofrer renasce na esperança do sol de cada dia.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 19/02/2013
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