Vozes
Quando doi a dor...
Eu sei, é do amor.
Amor desacompanhado,
Que abre o peito feito um tornado.
Apagando do quadro todo o horizonte,
Esmaecendo a cor,
Sepultando-me na morte de um exilado,
Deixando-me ilhado,
Entre as paredes da solidão
E de uma razão,
Que às vezes, me parece insana.
Pois o meu coração apaixonado,
Não cessa de viver por você.
Mais que as lágrimas que cortam os meus pulsos;
Mais que a tristeza, que inoportuna viços a alma;
Mais do que todas as barreiras,
Numa infinidade de portas sem saída,
Que vez, por outras leva o meu bem querer a beber o veneno do adeus,
Ainda te amo, te quero e te desejo muito.
Não obstante a essas mazelas,
Há que se dizer que o meu sofrer renasce na esperança do sol de cada dia.