[A Escolha do Perigo]
Se escolho o perigo,
eu me estranho...
A própria escolha do perigo
começa com esse estranhamento...
É agora:
o Outro assume o leme,
cai a temperatura do corpo,
as mãos se esfriam,
nem penso no pulso;
o medo apenas excita mais!
A Razão faz cálculos;
sabe o que quer, agora,
não vai medir esforços,
e nem cuidar de consequências,
quer, faz mira, e vai...
No outro dia,
com a luz do sol,
quando eu me retomo,
avalio o meu corpo:
algum sinal? Traços de...?
Não — nenhum!
[Novo estranhamento... quando?
Impossível saber do Outro...]
[to be completed...]
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[Desterro, 19 de fevereiro de 2013]