[A Escolha do Perigo]

Se escolho o perigo,

eu me estranho...

A própria escolha do perigo

começa com esse estranhamento...

É agora:

o Outro assume o leme,

cai a temperatura do corpo,

as mãos se esfriam,

nem penso no pulso;

o medo apenas excita mais!

A Razão faz cálculos;

sabe o que quer, agora,

não vai medir esforços,

e nem cuidar de consequências,

quer, faz mira, e vai...

No outro dia,

com a luz do sol,

quando eu me retomo,

avalio o meu corpo:

algum sinal? Traços de...?

Não — nenhum!

[Novo estranhamento... quando?

Impossível saber do Outro...]

[to be completed...]

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[Desterro, 19 de fevereiro de 2013]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 19/02/2013
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