Nada mais nasceu ali
Onde foram plantadas aquelas palavras...
Um árido silêncio, solo de poesia solitária
De uma tão arbitrária inspiração,
De uma tola inclinação, quase uma mania
Que arranca de mim o que quer
E que faz de mim o que lhe aprouver...

E não há criação nem recriação,
Tampouco há um quê de continuação...
Tudo apenas as coisas virem de onde quer que seja,
De onde quer que seja virem a ser nada...
E seja como for, nunca por amor, não por amor,
Talvez pela dor de ser no ser da dor, ou o que for,
Mas nem sempre por amor...
Tudo que é vivo não tem que viver,
Tudo que é vivo tem que doer...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 19/02/2013
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T4148427
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