1983...

Misturei os meus Brasis

sou filho de caipira

sou neto de caçador

bisneto de cangaceiro

trisneto de rezador

Trago no peito certeiro

aljava de frechar amor

pimenta de comer pirraça

garruncha das que nunca atiram

percatas sertões e Brasis

Deixei meu fruto esperando

briguei co'a mãe da criança

meu pai falava demais

chamaram-me Satanás

beba os manás dos Brasis

Voltei, vi o fruto sorrindo

sorri, tendo a alma chorando

partir outra vez nunca mais

a terra estradante perfiz

um mapa enfim, em mim, Brasis.

Acrácio
Enviado por Acrácio em 19/02/2013
Reeditado em 19/02/2013
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