Confissão

Eu não sei o que em ti

Me alimenta;

Qual veneno ou mel

E ainda assim,

De ti sou tão faminto.

Não sei de que maneira em mim

Assopras vida;

E do vento sonolento

Que somos nós, de repente

Nasce uma estrela.

Não sei com que luz

Me preenches a alma.

E com que força

Me arrebatas

De um golpe só!

Em ti confesso:

Eu, tão menino,

Busco uma noite serena,

Um gesto desnudo;

Algo simples...

Pequeno, imenso,

Indescritível.