Inerte

A vida bate a vida soca

ela machuca, ela sufoca

o nó na garganta

a sede de vingança...

A repressão, a lágrima que nunca escorre

o aperto no peito

o frio

o vazio...

A superação da dor por sobrevivência

A falta de tempo para pensar e sentir um pouco sozinho quando se pensa que somente isso poderia talvez fazer bem...

Teu silêncio...

Ah... o teu silêncio!

Esse sim ainda me corta...

Menina mulher, segure minha mão uma unica vez,

se jogue de costas

de olhos fechados, EU ESTOU AQUI.

Meu rítmo é dado ao balançar do coletivo

perdido entre asfalto e fumaça,

no calor incansável,

no constante cansaço

em meio a todas as dores do mundo

em meio a dor e ao medo,

sem ter tempo pra nada e ainda assim

pensando em você a todo o tempo...

rOg Oldim
Enviado por rOg Oldim em 16/03/2007
Código do texto: T414683