Inerte
A vida bate a vida soca
ela machuca, ela sufoca
o nó na garganta
a sede de vingança...
A repressão, a lágrima que nunca escorre
o aperto no peito
o frio
o vazio...
A superação da dor por sobrevivência
A falta de tempo para pensar e sentir um pouco sozinho quando se pensa que somente isso poderia talvez fazer bem...
Teu silêncio...
Ah... o teu silêncio!
Esse sim ainda me corta...
Menina mulher, segure minha mão uma unica vez,
se jogue de costas
de olhos fechados, EU ESTOU AQUI.
Meu rítmo é dado ao balançar do coletivo
perdido entre asfalto e fumaça,
no calor incansável,
no constante cansaço
em meio a todas as dores do mundo
em meio a dor e ao medo,
sem ter tempo pra nada e ainda assim
pensando em você a todo o tempo...