A estrada
Por entre sonhos
E retalhos de memória
Eu caminhei
Desviando dos pesadelos
Sorria ao ver
Pequenos cacos
De sua história
Peguei alguns pedaços
Pra depois revê-los.
Meus olhos não serviam
Mais pra nada
Era tão escuro
O caminho estreito
A minha mente também
Não ajudava
E tudo então
Ficou por conta
Do meu peito.
Eu tateava
E me feria nos espinhos
Pensava em lhe chamar
Mas não me leve a mal
Não quero interferir
Em teus caminhos
Meus pés cansados
Sangram sobre o sal...
Estou agora
Em uma estrada torta
A que chamamos
Comumente: vida
Alguém me diz
Onde é que fica a porta?
Por favor,
Onde fica a saída?