que em tudas mãos te entrego

O poema que te ofereço

não é poema de amigo

e nem poema de apreço

não é poema de encanto

e nem mascara meu canto

é poema sem trono,

sem desejo, ou engano

é poema que mostra, quase vil;

que seu amor era um sono;

o poema que te ofereço

é poema de desforra

é poema que deita e rola

esse poema que te ofereço

diz em versos bem simples

que larguei tudo e fui embora;

e pra aquelas tuas bobagens

eu dou risada e não dou bola

é poema sincero, não são

versos alcólatras, são versos

fatídicos que quem da vida

fez escola...são versos quase

perversos...

que em tuas mão entrego...