A dor
A dor que chega
É a mesma de outros tempos
Continua a pulsar
Dentro de cada olhar
Não se sabe o motivo
Razão ou circunstância
Não se conhece o culpado
Acredita-se que tudo tenha o destino armado
Sim, armado
Até não poder mais
Atento e pronto
Para propagar a dor
A dor de outros tempos
Que estava guardada
Escondida e trancafiada
No fundo da alma
Quando ela passa ninguém vê
Quando ela chega não se sabe
Quando ela se faz presente
O mundo se faz ausente