Depois.

Reduzido a um verso

A um urso desbotado

Uma flor jogada ao vento

Um inútil pensamento

O relógio atrasado.

Uma mentira inventada

Um adeus preso entre os dentes

Um sorriso entristecido

Um poema esquecido

Assim, tão de repente.

A vulnerabilidade escondida

Nas palavras sem sentido

Uma pergunta sem resposta

Uma verdade sempre imposta

De um amigo.

E depois que o dia acaba

Sempre fica a decepção

Não saber se continua

A sorrir para a mesma lua

Na escuridão.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 16/02/2013
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