a languidez de marlene

Da embriagues de viver

faço esses versos

simples:

"o canto

que do sol vem

alimenta a boca de Marlene"

e deixo meu rosto saber

meus olhos caminhar

e minhas mãos arder...

"tem vida no verde

da folha, nos olhos

de mariana, na casa

dos fundos, e nas tristezas

mãe ana"

eu bebo vida, aos

goles, eu sinto a vida,

aos trotes,

tem gente que vê nisso

sofrimento,

eu sinto é o tempo na carne

varrendo, picotando

como um veneno

eu bebo aos goles

essa vida que tenho

já que viver é sentir

o tempo escorrendo