Mãos

Mãos que afagam,

mãos que esperam

o bem necessário.

Mãos que abraçam,

mãos que consolam

a dor inevitável.

Mãos que agradam,

mãos que encantam

a plateia ansiosa.

Palma arredondada,

dedos de contagem curta,

mas que juntando

as duas mãos,

se transformam em ajuda.

Dedo, ponta macia,

tato apurado,

que num simples contato

percebe-se o gelado.

Mão de leitura pagã,

curvas que explicam a vida,

que descrevem a sorte

ou a triste falta dela.

Linhas tortuosas

que denunciam

o desconhecido,

o passado e o futuro,

clareando o escuro.

Regiana Amorim
Enviado por Regiana Amorim em 16/02/2013
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