Ausência de ser o mesmo

Sem nenhuma razão a mais

além de tudo o que possa fazer sentido

descabi-me desse tonal desacorrentado

empetirgado,

saturado do que muito aparenta

desacendido fulgor

Além de costurados significantes

injetei palavras em calcanhares flechados

Penso em não pensar em mim

durante o ermo que minhas pegadas febris

expurgadas, sudorizadas, desconcertam trilhas

Sonhei-me perdido

acordei homem peixe

fundi-me ao oceano

que me atrai

que amedronta meus medos

Nada é como nunca deixou de ser

enquanto meu coração

queda d´água

despeja energia

a procura de usina

Estação transformadora

em luz que nos acende

na sala de espera

do mais que profundo

E os dias correm...

E o tempo finda

a procura de inícios

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 09/08/2005
Código do texto: T41423