Mensageiro...

Mensageiro!

Vento lento baila vento...

Pensar solto voa leve o pensamento.

Desconexo da razão... A flutuar neste momento

Baila livre, nos braços de um sentimento.

Brisa beija face, corpo e alma...

E de lábios dóceis surge um lamento

Murmúrio, sussurro inaudível,

Solto neste mensageiro vento...

Vento forte leva a sorte.

Trazendo a dor, quando ao meu lembrar...

E paradoxalmente, ao beijar-me o corpo,

Traz alento ao meu penar....

Silenciando a delicadeza do vento

Meu sofrimento ganha voz

E com lábios insanos invoco a morte

Em nome do amor perdido

Segui o óbito da sorte.

Fazendo hirto o corpo

Que dos braços guarida sentiu...

Hoje jaz no esquecido tempo

Tremulando entregue as intempéries do tempo

Como flores, eternas,

O quanto pode ser a vida...

Sem sair do lugar!

Vento,

Brisa,

Baila envolta de mim,

A levar-me os beijos que nunca dei,

E osculam-te...

Os lábios que são meus,

Os lábios que são teus!

Observadora
Enviado por Observadora em 15/02/2013
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