Expressão!
O curioso lamento de um olhar...
Que vê, ama, deseja,
Uno com mãos, não menos curiosas,
Que escreve ou traça,
Suas compreensões e confusões
Ou não... De tudo e de todos.
Desenhar, escrever... Tanto faz,
O importante é contar uma história.
Fazer retórica, aguçar...
A curiosidade do olhar,
Meu, ou de outros tantos olhos curiosos.
Quero desenhar aprendendo a entender meu olhar.
Conseguir resgatar o corpo preso
Num tronco qualquer...
Que me grita por socorro, na sua ânsia de existir
Para olhos atentos, ou nem tanto.
Plágio na frase? ... Sim, a vida é feita de cópias.
Sim, porque não?
A vida é sentir parecido, sem fugir da razão
Mas nunca se deixar ser, prisioneiro da mesma...
Pois o sonhar coletivo é real e palpável
Como a necessidade do oxigênio para o organismo.
Desenhar, escrever...
Com olhos que lamentam a limita visão,
E buscam mudar o foco... Fecha-se os olhos do físico
Libertam os olhos da alma...
E inovam a emoção... Veem além da imaginação!
Eu preciso registrar as imagens
Que me velam o sono
E se mesclam na minha mente, no meu sonhar
E se tornam coloridas, tão nítidas,
Quando escritas ou transformadas em formas
E me permito sentir o prazer momentâneo
De ser criador, além de me perceber criatura... Isso é magia!
Que não precisa de aplausos... Só de interação.
Desenhar, escrever...
É compreender,
A solicitação do objeto que captura o um olhar
E o desejo de retratá-lo é imediato
Latente e urgente
Como o romper da aurora... Sem volta
Como num parto, esperado, doloroso...
Porém envolto numa áurea sublime de vida!
Desenhar, escrever, sonhar...
Minha maneira de atuar na existência!