Poesia Cinza

Poesia que nasce cinzenta

de um entardecer plúmbeo

quase melancólico e senil

de sensações quase homogêneas.

Um arrebol umedecido e nevoento

entre sibilos rústicos do vento

levando e trazendo meus lamentos

enquanto observo pássaros migrarem.

Fosse o crepúsculo hoje colorido

mas, há chuva e as águas das lágrimas

invadem o horizonte dos meus olhos

que fitam um vazio frente aos espelhos.

Logo a noite cairá e haverá penumbra

e entre os últimos resquícios dessa precipitação

raios e trovões cantarão potestades

e do coração da estrela nascerá a esperança.

Eu me entregarei às hostes angelicais

e deixarei na vela a chama da paixão

para quem sabe a alma partir e não voltar

para colher as flores de um amor escasso.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 14/02/2013
Código do texto: T4140054
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