Elos da Loucura

Pensar que posso ver as cores das flores alegres,

e cantar mesmo calado com minhas dores tímidas,

e adorar mesmo no pecado dos sonhos filmados,

e fazer provas sobre os documentos arquivados.

Pensar que posso na utopia, cheirar os perfumes,

que acendem o arsenal para esse mundo em paz,

e elaborar o esboço do calabouço posto da tortura,

e emanar a loucura que ouço, num canhão incapaz.

Pensar que posso nas mentiras da poesia acesa,

colocar sobre a mesa o que não tenho a certeza,

de poder devorar, detonar palácios do devaneio,

e poeta sem freio, penso o fim sendo elo do meio.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 13/02/2013
Reeditado em 05/03/2013
Código do texto: T4137741
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