Ébrio

Se num dia desses eu fugir,

quem sabe de mim mesmo,

das marchinhas em suvenir

escape um vulto ao esmo.

E depois, de voltar a per si

como quem ali foi ao começo,

me balanço no sonho que vi,

rubro, amando, desvaneço.

Aflito diante à flor do existir

no berço de um rio avesso,

revolto na espreita a tinir.

Rebento o frágil curumim

fiz de tudo éter, envelheço

como o porre oprimido em trair.

Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 12/02/2013
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T4136586
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