Aeternum Momentum

O mundo não para

ao menos isso falam

mas n'outros momentos

a raça toda cala

O tempo não para

negar não sou capaz

do tempo que não flui

posso o que faz

N'um único momento

a eternidade se passou...

os galhos não tremulam

e o sussurro do vento cessou

As folhas não vão ao chão

as aves já não cantam

palavras não mais saem

dentro de mim se congelam

O suor frio não escorre

inda visto em minha fronte

nem mesmo o som d'água

chegava de nossa fonte

A respiração cessou

prelúdio, sabia que não era

meu coração estava forte

preparado como uma fera

A boca sentia o deserto

pouco a pouco ouvi bater

não meu simples peito

mas ouvi todos... bater

O fluxo da vida, senti

circulava em todos vivos

sem distinção de raça

bárbaros ou de convívios

O ritmo retornava

pouco a pouco, lento

abaixo sangue jorrava

as gotas sentia o tempo

Lentamente, gota a gota

caia, como rege Newton

olho ao redor, os vivos

e na pele não tinha tom

O medo, ah sim, o medo...

o medo e seu poder

o medo que transforma

pra se ganhar, ou perder

Não digo que o tempo parou

não há poder ante o grande tempo

mas apredi o poder do medo

neste meu eterno momento

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 12/02/2013
Código do texto: T4135651
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