Aeternum Momentum
O mundo não para
ao menos isso falam
mas n'outros momentos
a raça toda cala
O tempo não para
negar não sou capaz
do tempo que não flui
posso o que faz
N'um único momento
a eternidade se passou...
os galhos não tremulam
e o sussurro do vento cessou
As folhas não vão ao chão
as aves já não cantam
palavras não mais saem
dentro de mim se congelam
O suor frio não escorre
inda visto em minha fronte
nem mesmo o som d'água
chegava de nossa fonte
A respiração cessou
prelúdio, sabia que não era
meu coração estava forte
preparado como uma fera
A boca sentia o deserto
pouco a pouco ouvi bater
não meu simples peito
mas ouvi todos... bater
O fluxo da vida, senti
circulava em todos vivos
sem distinção de raça
bárbaros ou de convívios
O ritmo retornava
pouco a pouco, lento
abaixo sangue jorrava
as gotas sentia o tempo
Lentamente, gota a gota
caia, como rege Newton
olho ao redor, os vivos
e na pele não tinha tom
O medo, ah sim, o medo...
o medo e seu poder
o medo que transforma
pra se ganhar, ou perder
Não digo que o tempo parou
não há poder ante o grande tempo
mas apredi o poder do medo
neste meu eterno momento