ILHA

Hoje acordei sem vontade de levantar.

O dia está para preguiça

-e a cama é ilha-

e nesse instante, sinto meu corpo flutuar,

e sinto o cheiro de maresia em amar.

Insanidade?

Talvez seja a saudade

Que chegou e aportou nesse mar...

E a ilha bóia.

Flutua sobre o mar, o amar...

Olho essas ondas e penso

-na ilha, pensamento é virtude-

que vem e vão, para longe e para perto,

levam meu nome a céu aberto

e trazem-me seu corpo desperto

- que atraca em minha ilha fazendo-me feliz -

Oh!! Por Netuno!

Venha nu à minha ilha,

perca-se em gritos nesse meu corpo que grita

- na ilha-

navegante noturno...

Segue em deriva e mostra-me as estrelas,

-no mar também tem estrelas-

Nesse barco salva vida

aportando minha ilha e livrando-me da solidão

-o mar é amplidão-

Lágrimas incontidas regando despedidas.

Dores da separação...

Vai embora, deixa minha ilha agora,

seguindo em busca de novos portos,

-muitos são os portos nesses mares da vida-

mas nenhum outro porto vai abrigar seu corpo

com a loucura insana de ondas revoltas

desse mar em amor que em minha ilha encontrou.

Aisha
Enviado por Aisha em 08/08/2005
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