CARNAVAIS

CARNAVAIS

Paz celestial

Nem parece carnaval

Não há blocos nas ruas

Tampouco mulheres nuas

Parece um monastério

Com seus mistérios

O silencio é total

Não existe carnaval

Todos estão reclusos

Não querem intrusos

Somente a paz

E nada mais

Na TV a folia

O parecer feliz

O momento de ator ou atriz

Debaixo da fantasia

Um show de realidade

De banalidades

Ápice comercial

Vendendo de ilusão a creme dental

Vendendo também a luxúria

De forma abundante

O rebolado exultante

Glúteos em fúria

São dias diferentes

De gentes distintas

Umas cobertas de tintas

Outras indolentes

Essa aparente dicotomia

Dura quatro dias

E daí em diante

Unem-se

Os que pareciam tão distantes

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/02/2013
Código do texto: T4132653
Classificação de conteúdo: seguro