CARNAVAIS
CARNAVAIS
Paz celestial
Nem parece carnaval
Não há blocos nas ruas
Tampouco mulheres nuas
Parece um monastério
Com seus mistérios
O silencio é total
Não existe carnaval
Todos estão reclusos
Não querem intrusos
Somente a paz
E nada mais
Na TV a folia
O parecer feliz
O momento de ator ou atriz
Debaixo da fantasia
Um show de realidade
De banalidades
Ápice comercial
Vendendo de ilusão a creme dental
Vendendo também a luxúria
De forma abundante
O rebolado exultante
Glúteos em fúria
São dias diferentes
De gentes distintas
Umas cobertas de tintas
Outras indolentes
Essa aparente dicotomia
Dura quatro dias
E daí em diante
Unem-se
Os que pareciam tão distantes