O Logos & o Filo!

Serpenteiam nos entornos da razão,

Varas & proselitismos em toda direção,

Da cúria ao estado das coisas niveladas

Apartes para tramas tão afiveladas,

Correnteza que decrépita a incerteza

O metal gerador de tamanha avareza,

Fustiga o cerne, o tempo, a variação,

Há 2400 anos o átomo de plantão,

Dos descobrimentos, tudo o que se falseia,

O medo imposto por todos os lados da ceia,

Uma cela rasa, uma cova estreita, outras pedras,

Do inabitável ao viés inóspito, todas as cátedras,

Lamúrias mais desejadas para conflitos afins,

Deidades espalhadas como enfeites de Jardins,

Ainda falta a fronteira final para todo navegador,

O que de fora não está para qualquer entendedor,

Oportunistas com a melhor falácia se prostam,

A gula inibidora que as mídias mais ignoram,

Gado a conduzir segundo uns & outros divagam,

Metem o olho naquilo que os outros bem plantam,

Mal cuidam do próprio rabo, mas mexem nos demais,

Provocantes até nos assuntos toscos & banais,

A venal distração dos aparatos tecnológicos,

Vicejam ares terapêuticos, porém trágicos,

Queimaram tudo o que podiam & mais alguma coisa laica,

Agora surram todo mundo, uma comuna supra arcaica,

Querem apenas eles ganhar o quinhão, somente eles,

Não se importam quem vai ficar a deriva com suas dores,

Alguns calarão quando a terra for tomada pelas águas,

Eles, provavelmente, estarão partindo para outro lugar,

O olhar apenas cintilará gerando explicações,

O corpo arderá com as premências sempre postergadas,

A mão que acena do outro lado da rua feito miragem,

Pela luz que se espera vindo de alguma estrela,

Sobras pelas pedras que se lascam aos sofistas,

Barbatanas espalhadas pela filosofia mais aguda,

O não ser que carrega o ser de forma desvairada,

O pavio continua aceso pela areia escaldante,

Até que a noite venha serenar cada lamento...

Diletantes se escondem para não ver!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 15/03/2007
Reeditado em 20/03/2007
Código do texto: T413259
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