ENTRE AS SOMBRAS DA METRÓPOLE...

A existência se estreita,

e o óbito é aguardado,

como nos meados de outono

ou qualquer outra estação...

um homem tomba, um choro lamenta

entre as sombras da metrópole...

A morte é soberana e sem lembranças,

como nos meados de outono,

ou qualquer outra estação

quando a ventania cessa

um corpo ao chão cresce

entre as sombras da metrópole

quando a aragem finda e, lá no azul,

as nuvens acolitam, entretanto,

flutuam seus planares

levando almas, abduzindo vidas

como nos meados de outono

sempre em qualquer outra estação..

Sempre haverá um óbito

a morte que sempre espreita

um corpo ao chão brotado

um choro lamurioso na metrópole

como nos meados de outono

sempre em qualquer outra estação...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 08/02/2013
Reeditado em 08/02/2013
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