ENTRE AS SOMBRAS DA METRÓPOLE...
A existência se estreita,
e o óbito é aguardado,
como nos meados de outono
ou qualquer outra estação...
um homem tomba, um choro lamenta
entre as sombras da metrópole...
A morte é soberana e sem lembranças,
como nos meados de outono,
ou qualquer outra estação
quando a ventania cessa
um corpo ao chão cresce
entre as sombras da metrópole
quando a aragem finda e, lá no azul,
as nuvens acolitam, entretanto,
flutuam seus planares
levando almas, abduzindo vidas
como nos meados de outono
sempre em qualquer outra estação..
Sempre haverá um óbito
a morte que sempre espreita
um corpo ao chão brotado
um choro lamurioso na metrópole
como nos meados de outono
sempre em qualquer outra estação...
Romulo Marinho