sexo
quando sua anca eu penetro
das minhas mãos, nas suas mãos
eu faço um laço e entro, como anjo mal,
com uma espada em sua carne, do seu corpo
quase morto, sai um gemido ignoto,
um frêmito longo e afobado
seus olhos, como duas bolas de fogo
tontas, entra num mundo arcaico e volta
num transe tenso, num desvario estrábico
suas pernas ganham vida, e como duas cobras
vivas, apertam minhas costas, sinto a consciência
embora, já não me sinto eu, sou algo de abandono
como ladrão do sagrado, como fez na Grécia mítica
e antiga, o jovem prometeu