sexo

quando sua anca eu penetro

das minhas mãos, nas suas mãos

eu faço um laço e entro, como anjo mal,

com uma espada em sua carne, do seu corpo

quase morto, sai um gemido ignoto,

um frêmito longo e afobado

seus olhos, como duas bolas de fogo

tontas, entra num mundo arcaico e volta

num transe tenso, num desvario estrábico

suas pernas ganham vida, e como duas cobras

vivas, apertam minhas costas, sinto a consciência

embora, já não me sinto eu, sou algo de abandono

como ladrão do sagrado, como fez na Grécia mítica

e antiga, o jovem prometeu

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 07/02/2013
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