Numa cela

Sobre a dívida diária

O preso vive a vida fatiada

A realidade está demarcada

Em paralelas barras editadas

Vive num lugar pequeno

De quatro metros quadrados

De fundo escuro e de frentes

Cortadas,

Com as duas mãos segura

Duas das barras e com a ponta

Do nariz enfrenta o nada, seu

Medo perdura e por mais que

Se esforce, não enxerga mais nada