S O U . . .

Sou como aquele rio que corre, pretendendo virar mar

Sou como um pássaro a voar, incerto, sem ninho e só

Sou como a noite escura, que não desiste do novo dia

Sou como a tarde sombria, caída nos braços do arrebol

Sou a incerteza cruel, que rodeia a morada dos sonhos

Sou os momentos tristonhos, sou lágrima em cada face

Sou o silêncio da voz cansada, um escrito de folha vazia

Sou quero que virou queria, fantasia que hoje é disfarce

Sou como a menina dos olhos, que a vida fez virar mulher

Sou covarde que seguro na fé, se agiganta pra sobreviver

Sou o pensamento que voa, em direção à saudade, à dor

Sou um fraco, sonhador, escravo do reino chamado VOCÊ.

(EduMagalhães)