No lombo do porco


Eu vi a nudez da tua alma,
Gritando e berrando quão um porco,
Embebido com mares e rios de ira,
No encontro da própria covardia,
Era uma fraqueza da fome,
Como se observa na imagem,
Escancarada pela teimosia,
De querer existir sem poder,
Carga no lombo do porco,
Não trazia uma serventia,
Não vos enganeis a tua alma,
Derroto-te nas alamedas da vida,
Eternizadas do universo,
Decepando a cabeça do bicho,
Com a espada azul do oriente,
Latente ele apenas dizia:
"Tenhais dó da minha carne fétida",
Enlameada de tantas petas,
Que cai sentindo mil dores,
"Acude piés de taánsaS",
Implorando clemência,
Banhando do sangue alheio,
Comboiando na carne de máscara,
Tormento desgraçado,
Tu eternamente terás,
Em teus remoques e picuinhas,
Morrendo aos loucos pedaços,
De tanto rogar pragas ao alheio,
E vai como flecha no teu coração,
As tuas lamúrias com cara de alegria
Dura Lex sed lex.

créditos: Imagem do Google

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/02/2013
Reeditado em 06/02/2013
Código do texto: T4126914
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