eu já era morto quando vivo
Que braço escuro me vem á porta do céu
Que desce pelas nuvens e a minha goela
Segura, e eu olho e não consigo traduzir
Que monstro horrendo é essa criatura
Que me levanta pela garganta num silêncio
Destruidor, não ouço nem sequer um zumbido
Que me fale do que eu estou sofrendo, em vão
Eu luto em desespero, em fétida fumaça de dor;
E quando já estou passando dessa para melhor,
Acordo num mundo sombrio, de rosto sujos
E delirados, onde mortos andam na rua , de
Braços entrelaçados, parecendo vivos, e eu
me dou conta, não estou morto porque eu sinto