Imponência

Uma antiga casa demolida

A história ali, no chão,

Levados os pedaços de paredes

As velhas janelas

As portas que eram verdes

Ficaram pálidas, amarelas

Veio o engenheiro e olhou indiferente

Mandou aplainar o terreno

Abrir os sulcos para o alicerce

Deitou ali a base para os dentes

Surge nova estrutura

Tudo logo se completa

Nova história olha para os transeuntes

Inocentes plantas arranjadas nos canteiros

As crianças nem imaginam quantas festas

Quantas reuniões em família

Quantas esperanças morreram

Sob o edifício imponente