Vampira Veranista!
Entre um etc & outro pá qualquer,
Aquilo que se pensa além da conta,
De qual reconta uma & outra estória,
Quase lampejos, feitos um falso brilhante,
Por amanhã um quase basta, noutro dia...
De quantas esperas se faz essa fase,
Mal que acompanha uma pressa insana,
Como pesadelos, um passado que se arrasta,
Outro passado querendo se repetir & repetir...
Tão malditos sejam todos os desejos,
Sim, a pele clama pelo toque, o beijo,
Toda carne treme numa fremência feérica,
Mas nada parece o que realmente é,
Não há imagem refletindo, apenas sumiços,
Aparecimentos encobertos, cafés & cigarros,
Feito fumaça se esvai por todas as frestas,
Não, não me toque, não me chame,
Mal fale comigo assim pela rua...
Assim quer essa passageira, uma aparência...
Como se aqui ainda se pode esconder,
Por tudo reclama, nada a satisfaz, nada, é nada,
Deprecia assim quem lhe estendeu a mão,
Como se culpa tivesse por tanto tomar na cabeça,
Por tudo que se fala, em nada capta, nada entende,
Transforma o que pensa jogando a culpa nos outros,
Se sente ofendida, sendo usufruída, sendo usada,
Mas esse pirata apenas ofereceu a mão,
Na contra-mão do tempo, o coração,
Recebeu apenas tormentas, um ocaso furioso,
Sem mais nada para então oferecer,
Lamentou a passagem, bem vinda calmaria,
Para um pequeno murmúrio entre os dentes...
Adeus!
Peixão89
21.01.2013