Darksong
nessa cantiga negra,sombria,
que acompanho e canto,
vejo cada um de meus
medos,todos juntos,
a me abraçarem de novo,
tão fortes,mesmo mortos,
ao me recostar de novo
aqui em minha doce solidão.
e ao dançar
ao sabor dessa cantiga negra,
sinto até em meus pesadelos
mais doces e suaves,
a sombra de cada sorriso
que espreita esses medos,
dóceis companhias,
que me seguem
tão nobremente
nessas horas mortas
de entediante calmaria.
em meio a essa cantiga negra,
canto cada medo morto
ressurgido de cada recanto
obscuro do esquecimento
que habita em meu inconsciente,
que por vezes me pego
a sorrir diante da alegria
de voltar a sentir medo.